Once Upon a time parte dez
Once Upon a time parte dez.
As emoções continuam
neste conto cheio de magia, sabemos que a princesa se casou com o plebeu
pensando que era viúva, que partes da sua história foram apagadas com a
regressão e que ela e o príncipe adquiriram novas identidades, e que devido as
dificuldades financeiras ela teve que partir para um plano B onde ao chegar,
sua irmã foi com ela em busca das lacunas.
De posse dos vídeos e
áudios gravados, algumas lacunas foram preenchidas, mas havia ainda pontos
obscuros e perguntas não respondidas. Sempre que tentava fazer um inventário da
situação atual e comparar com o passado e tentar compreender os rumos que suas
vidas tomaram, uma insegurança enorme tomava conta dela e uma sensação de que
existia um universo paralelo com outra história sendo construída.
Sua família estava bem,
ela e o esposo trabalhavam, os filhos estudavam e o mais velho agora
adolescente começou trabalhar também, sem deixar os estudos. Mas esta estadia
no pequeno reino da irmã do coração foi ameaçada por algum telefonema vindo do
passado do plebeu e em pouco tempo ele se desentendeu com todos e quis voltar
para sua terra, onde ele era “ninguém”. A princesa temia que este retorno
pudesse coloca-los em risco com o crime organizado e visualizava uma crise no casamento,
porque o fato do plebeu romper com o contrato e se negar a construir em seus
terrenos abriu um precedente para desconfiar dos seus planos futuros, ele
alegava que seu retorno era por uma boa proposta de trabalho e usava como
argumento o fato de não terem vendido a casinha simples que moravam onde
poderiam retornar e não iriam precisar pagar aluguel. A princesa pensou em
todos os prós e os contras e decidiu deixar o plebeu retornar sozinho, não
tinha motivos para acompanhá-lo, percebeu nele um espírito contraditório que
não o deixava progredir e ficar bem e não apenas ele, toda a família era
prejudicada por esta carga negativa que mais tarde foi comprovada que vinha de
uma geração maldita de adúlteros, ele mesmo era filho de um adultério e em sua
família ninguém era casado.Nas escrituras sagradas está a explicação para esta
geração maldita: Já em Êxodo 20: 5,6 está escrito que “…Deus
visita a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração
daqueles que o aborrecem e faz misericórdia até mil gerações daqueles que o
amam e guardam seus mandamentos”. Era a escória da terra e era para este mundo
que o plebeu saudosista queria retornar. Poderia até mesmo anular aquela
porcaria de casamento, estava provado que ela não era viúva então seu casamento
poderia ser anulado. Era o momento certo para romper o ciclo de azar
hereditário e se livrar do pé frio e
começar uma nova vida mas a princesa não contava com um problema de difícil
solução: A filha do casal era extremamente ligada ao pai,ele a chamava de
bonequinha de cristal e ela não aceitava ficar longe do pai.Era uma decisão
difícil e dolorosa e a princesa chegou a cogitar a possibilidade de deixar sua
filha acompanhar o pai e ela ficaria com seu filho primogênito,mas como confiar
naquele homem? Quando ele estivesse sozinho, trabalhando na pedreragem, convivendo
com a escória da terra, como seria a criação desta menina? Na família dele não
havia exemplo algum para se espelhar, ele não era exemplo para ninguém era uma
cara viciado em novelas, um corpo aberto a espíritos zombeteiros ao ponto de
atuar como eles, gravava frases de novelas por anos e as repetia como se fosse
algo a se orgulhar,frases do tipo ; -“comeu a carne tem que roer os ossos”era
assustador pensar no nível cultural do indivíduo e sua propensão ao pecado.O
amor pela filha venceu e a princesa voltou para terra de ninguém,na vila nem,no
reino tão tão distante....Ela tinha consciência de que vinha de uma linhagem
abençoada,era a filha da promessa,sobre sua cabeça havia a unção e sua vinda a
este mundo tinha um propósito que ela estava disposta a cumprir.Sabia que
dependia dela mudar a história e romper a maldição que poderia se ela
permitisse,prejudicar seus filhos.Aconteceu uma mudança em seu
comportamento,ela não era mais a mesma pessoa,desconfiava de tudo e de todos e
seu olhar perdeu aquele brilho,não escrevia mais,não contava mais historias e
apenas imaginava como seria sua história em outra dimensão...
Digamos que em outra
dimensão ela havia feito a escolha certa, se casou com o príncipe que assumiu
seu filho e foram para a Austrália com suas novas identidades e totalmente
seguros com o patrimônio gigantesco do príncipe,ela poderia trabalhar em suas
pesquisas e em suas obras sem se preocupar com o almoço ou com o futuro do
filho.Para alegria do casal milionário o segundo filho,outro príncipe
herdeiro,nasceu saudável e perfeito!A vida em Sidney era luxuosa e quando
viajavam para fazer compras o roteiro era Paris, Milão, Nova Iorque.
Contratou os melhores
detetives para de forma sigilosa saber tudo sobre o “falecido” que estava bem
vivo e as informações que chegavam eram extremamente confidencial: Ele vivia em
Bogotá como um rei, era o braço direito do maior narcotraficante de todos os
tempos, sob suas ordens as pessoas matavam e sua frieza atravessava fronteiras,
tinha uma obsessão:
Encontrar a sua esposa
e filho e para isso ele tinha disponível para gastar alguns milhões de
dólares,quando obteve esta informação a princesa agradeceu à Deus por ter
mudado totalmente seu visual e cor dos cabelos e olhos,as fotos que o
narcotraficante forneceu aos seus capangas em nada lembrava o que ela se
tornou,tinha o dom do camaleão,facilidade para transformar sua aparência.Nesta
dimensão ela tinha uma ideia fixa inspirada pela história não divulgada do
maior traficante que depois de várias cirurgias plásticas,forjou a própria
morte fazendo o mundo todo acreditar que aquele corpo era o dele mas o
cirurgião mais famoso da América do Sul sabia que ele pagou um alto preço para
que alguém após varias cirurgias se passasse por ele inclusive com suas
digitais.Foi algo tão fantástico e bem planejado que a princesa passou a
planejar a própria morte.As vezes ela sentava no terraço do seu triplex em
Sidney e ficava imaginando como teria sido...uma voz a desperta e ela fica
tentando entender quem eram aquelas pessoas,um homem muito bonito segurando na
mão de um menino lindo e falando: Alan Jones,sua mãe está descansando...depois
você fala com ela filho...ela fica alguns minutos como se tentasse
entender,então olha para seu marido e seu filho e pergunta: Onde esta seu irmão
Alan Jones? E a criança responde: Ele ainda não voltou da academia mamãe...
sabe como é o Paul... Más isso e a continuação
da outra história...
Damaris Bueno
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