Era uma vez...Once Upon a time dezessete to be continued

Era uma vez....






To be continued…
Era Uma vez...Once Upon a time ...
Lutar por um casamento é tarefa para duas pessoas que realmente estejam empenhadas em recuperar algo que se perdeu na caminhada da vida, renovar e inovar, reacender a chama algo complexo quando deparamos com circunstancias agravantes que causaram dor e depressão a toda a família, não apenas ao casal.
A princesa estava muito deprimida, a carga de responsabilidade sobre suas costas era pesada, após a prisão do filho era frequente ficar muito tempo chorando, sua fé foi abalada e dúvidas pairavam sobre sua mente sobre suas crenças, ideias e ideologias, tomar uma atitude equilibrada agora,quando a única vontade era colocar uma mochila nas costas e por o pé na estrada,sem rumo, sem destino, apenas caminhar e esquecer, talvez esquecer de todos e até de si mesma,viver um dia de cada vez,sem esperar ou planejar absolutamente nada.
O bom senso sempre acabava prevalecendo e o amor pela filha, sua pequena que nada fez para merecer um irmão na cadeia, um pai reclamão e uma mãe depressiva, era indiscutível que algo precisava ser feito. O seu lado guerreira não permitia que ela ficasse inerte e mesmo sangrando, arranhou o barranco do buraco profundo onde se encontrava na mais terrível depressão onde o psiquiatra queria apenas interná la por um tempo.
Olhou no espelho e perguntou a si mesma se estava disposta desistir de tudo e de todos, pensou em como eles agiriam se ela sucumbisse a depressão e ao desespero e o quadro que imaginou,não era agradável de se ver.Sabia que o marido não teria forças sem ela e a filha também em um quadro depressivo,sentia uma tristeza profunda.Tomou uma decisão bem radical que no mínimo surpreendeu muita gente,quando todos pensavam que ela,da depressão iria para o manicômio e posteriormente à morte ela resurge das cinzas como uma fênix e mesmo tendo um curso superior,iniciou outro que não apenas ajudaria ela entender melhor o que aconteceu com seu primogênito,como seria sua “terapia”para encarar uma nova vida.
Iniciou o curso de Direito, pleiteou uma bolsa e decidiu que não ficaria dependente de psiquiatras e medicamentos controlados, o Direito era seu sonho de infância, ela sempre gostou de ler muito e escrever muito, trocou toda a depressão e a loucura pelo direito, Não foi fácil convencer o marido que foi super contra e às vezes dava a impressão que ele preferia que ela estivesse internada em um hospital psiquiátrico, ao invés de estar lutando por ela, pela vida, pela família, pelo filho e pelo seu sonho de infância. Sabemos que o plebeu era invejoso, machista, ciumento e sua auto estima era baixíssima,consciente ou não deixou claro que não lhe agradava ver a esposa cursando outro curso superior e ele sendo semianalfabeto.Foi mais de dois anos de farpas e discussões,opressão e longas conversas idiotas discutindo a relação.A princesa foi firme e teve o apoio da filha que acabou se interessando pelo direito quando ajudava a mãe em seus trabalhos da Universidade.Logo a princesa bolsista conseguiu um estágio remunerado e tudo ficou mais empolgante.Fazia pré atendimento ao cliente,atendendo a grande demanda na defesa do consumidor e agilizando para os advogados que pegavam a causa,donos do escritório.
Homens de reputação ilibada e saber jurídico, bonitos, educados, todos transformavam o escritório em um local de trabalho agradável e produtivo. A princesa era muito grata pela oportunidade que lhe deram e valorizava cada dia, sem internação, sem medicamento, sentindo se produtiva e de quebra conseguia ser uma boa mãe e uma esposa exemplar. Apesar das diferenças gritantes entre o casal no quesito amor, sexo, sintonia, atração física e muito prazer, eles eram perfeitos uma ao outro e tinham plena consciência de que após tantos anos de casados, era um caso raro, continuar tão atraídos um pelo outro e com uma sintonia tão grande.
Infelizmente isso causava muita inveja à escória da terra, aos instrumentos do inimigo e aos “amigos” desviados do plebeu,os trabalhos obscuros,o cegavam de tal forma que era difícil para princesa lhe alertar pelo que estava acontecendo no plano espiritual e cada vez se tornava mais cansativo,porque enquanto ela buscava orientação espiritual e a guia da palavra de Deus,ele se afundava nas amizades,invejosas em costumes mundanos os quais Deus já o havia libertado,e em um saudosismo por um passado pobre em todos os sentidos.
A última tentativa da princesa para salvar o casamento aconteceu em um final de ano, quando ambos decidiram passar um réveillon longe dos “amigos” apenas os dois em um lugar calmo e romântico,onde seria possível se conectar novamente sem interferências externas vindas da oposição. A princesa acreditava que amor é um dom de Deus que se apresenta de varias formas e que evolui com os seres que se propõe a evoluir. Na certeza de estar agindo em prol do amor e da família seguiram viagem para uma semana de lazer.
Tudo parecia perfeito, conversavam e riam quase como antigamente e a atração física e a afinidade sexual de ambos mostrou se imbatível, por um momento a princesa  lembrou de que das amizades que eles tinhas,nenhum dos casais se davam tão bem sexualmente e a maioria deles tinham que se utilizar de subterfúgios e medicamentos para que algo razoável acontecesse,isso na verdade causava muita inveja e a princesa sentiu se triste ao pensar como o ser humano pode ser tão pequeno e desprezível.Ela era contra comentar sobre sua vida íntima e seus sonhos,mesmo porque sentia que não eram pessoas confiáveis mas o plebeu fora criado entre pessoas que se expunham frequentemente e todos sabiam de tudo de uma maneira bem escrachada e vulgar.Os dias voaram porque estavam bem,mas novamente o plebeu sucumbiu as forças do mal e depois de atender a um telefonema (ambos tinham prometido não falar ao telefone)misteriosamente ele sugeriu que voltassem para casa.
Foi uma grande decepção para a princesa, mas ela concordou rapidamente, viu aquela oportunidade como a última tentativa e naquele momento percebeu que estava se despedindo de um amor que iria ter um papel diferente em sua vida a partir dali. Voltaram para casa e os dias foram passando lentamente, cansativos, chato, sem muito diálogo, muita briga e desentendimento entre o plebeu e a filha do casal o que preocupava muito a princesa que temia que assim como ele prejudicou seriamente seu filho,mesmo que inconscientemente,ele viesse a prejudicar a filha e isso ela não iria permitir mais.Em uma conversa pesada com a filha o plebeu se fez de vítima das circunstancias e da vida,confessou ter se arrependido de ter casado e de ter tido filhos,causando grande tristeza a filha e a esposa.Por alguns dias ela tentou digerir sua dor..
Poucos dias após esse “piti”do plebeu eles estavam indo na rodovia para outra cidade e ele mencionou que tinha curiosidade de saber se era o pai da filha de uma ex-namorada do passado,companheira de fornicação do passado medíocre, aquela simples menção de um fato tão antigo despertou na princesa uma vontade de esclarecer os fatos, pensou se a filha tem dezenove anos e nós estamos casados a vinte e dois anos trata se de um adultério, concorda?
O plebeu todo desconcentrado se arrependeu de ter tocado no assunto e mais que depressa de forma desastrosa tentou consertar a versão alegando que foi apenas um pensamento, mas que não seria possível, a princesa sorriu e disse apenas que ele não tinha ideia de quanto este assunto foi importante para suas decisões futuras. Estavam em meados de março pra variar semana de provas na Universidade, muita pressão no último ano de direito, trabalhos a serem entregues TCC a ser corrigido e avaliado e um distanciamento do casal foi acontecendo, ela havia comprado uma casa para quando o filho saísse da cadeia pudesse ter um lugar para recomeçar sua vida e em breve a casa nova seria entregue.
Ao mesmo tempo seu TCC foi aclamado por ter sido feito baseado em sua própria obra e inspirado em pesquisa de mais de cinco anos,quando foi presidente do conselho de entorpecentes,passou a se dedicar aos direitos humanos e tudo que ela precisava no momento era de paz para seguir com seu sonho, seu trabalho, a luta para que o filho pudesse ter uma estadia mais digna na cadeia de onde ela nunca quis tirar antes do tempo, todos devem pagar pelos seus erros, ninguém deve estar acima da lei ou ter privilégios. Dessa forma ela se manteve ocupada e mesmo assim conseguiu elaborar o seu divórcio, antes escreveu quatro cartas explicando suas razões e enviou uma cópia para o plebeu, uma para o presbítero que deveria ser comunicado porque assim a própria doutrina os ensina e duas para um casal de desviados, falsos amigos, não para lhes dar satisfação, apenas para que soubessem que quando Deus a quem pertence a vingança colocasse sua mão sobre eles,eles lembrariam desta carta e o peso da responsabilidade cairia sobre suas cabeças e caiu.
Como uma lady a princesa pôs fim a um casamento com classe,deixou o plebeu continuar morando em sua casa no quarto de hóspedes ate que a casa que ela comprou para o filho fosse entregue,ajudou lavar,mobiliar e arrumar a casa nova,inclusive com um sofá que ela escolheu a estampa e ajudou forrar e se despediu em paz como deveria ser o final de um relacionamento.Diferente do plebeu que provocava discussões, falava palavras pesadas e negativas e ligava todos os dias para discutir uma relação que já havia sido resolvida por um divórcio.Em uma destas conversas que terminava em vozes alteradas e lágrimas  a princesa resolveu esclarecer de uma vez por todas as dúvidas do plebeu,respirou fundo e sentou se em sua cama no quarto da casa nova e pediu educadamente sua atenção.
Iniciou a conversa relembrando o plebeu de quem ele era quando se conheceram: um servente de pedreiro, semianalfabeto, de origem paupérrima e histórico lamentável, que nunca tinha feito uma viagem descente e que conheceu o mar pela primeira vez quando ela o levou para conhecer,episódio marcante e inesquecível porque quando estavam a caminho da praia o tempo virou bruscamente e começou chover torrencialmente e a princesa ao lado do pequeno príncipe e do plebeu,percebeu sua tristeza e olhando para o céu pediu ao seu pai que a chuva parasse para que seguissem viagem e em poucos minutos a chuva parou,o plebeu ficou surpreso e assustado na verdade ele não tinha ideia de quem era aquela mulher,de onde veio e o poder que existia nela.A lembrança fez o plebeu sorrir novamente e ela continuou “refrescando” sua memória,tudo que viveram,tudo que sofreram e tudo que compartilharam,por um momento o plebeu pensou ser uma conversa de reconciliação,de volta.
E olhando para princesa perguntou quando ela deixou de ama lo, a resposta foi surpreendente, ela disse que nunca deixou de amar, afirma que o amor apenas evoluiu e vendo sua tristeza sua insatisfação e seu saudosismo com o passado ela decidiu libertá lo de um compromisso que ele afirmou ter se arrependido de assumir e que não estava sendo suficiente para ele e quando um parceiro não é feliz o outro também não pode ser e o amor que ele tinha para oferecer a ela não era o bastante, não estava a altura, porque cada um aceita o amor que merece e ela acreditava que merecia muito mais .
A princesa deu exemplos de três homens de verdade que ela conheceu em sua vida, e nenhum deles era seu pai ou seu marido. O primeiro foi o Senhor Antonio que tinha seis filhos e uma esposa linda que ele amava muito e demonstrava isso cuidando dela após cada parto, no último parto por um erro médico a esposa ficou em uma cadeira de rodas e o senhor Antonio continuou com todo amor e carinho cuidando dela e dos seis filhos, a princesa e suas irmãs eram amigas dos filhos do senhor Antonio eram seus vizinhos. E mesmo sendo um homem novo ainda em nenhum momento ele sucumbiu aos desejos carnais das mulheres que se ofereciam a ele nem mesmo quando ficou viúvo.
O segundo foi o senhor Demartino, um homem alto charmoso que coordenava uma equipe de modelos que faziam o lançamento de um produto de uma marca famosa e sempre foi assediado pelas modelos, menos a princesa que o respeitava como a um pai e tinha por ele admiração e respeito. Casado e com uma aliança grossa no dedo e a foto da esposa e das filhas na carteira ele seguia rejeitando o pecado com toda educação deixando claro que amava sua esposa, sua família e era um homem temente a Deus e muito feliz.
O terceiro era um engenheiro que se casou com a mulher dos seus sonhos e eram fieis e felizes, ficaram grávidos e no segundo mês de gravidez sua esposa começou a perder os movimentos acometidos de uma doença rara e sem cura que não tinha ligação com a gravidez, ela decidiu levar a gravidez adiante com todos os riscos e foi apoiada pelo esposo e a família. Vendo a esposa perder cada vez mais os movimentos ele constrói uma cadeira de rodas e pergunta o que ela gostaria de fazer e ela pede para subir a montanha.
Ao ver sua esposa no topo da montanha tão feliz ele percebe que esta alegria poderia ser estendida a outras pessoas com dificuldades de mobilidade e então ele fundou a ONG montanha para todos com seu irmão, apoiado pela família e pela esposa amada. O filho deles nasceu saudável e eles vivem felizes ajudando pessoas a realizarem seus sonhos. Qual a semelhança entre estes homens? Pergunta a princesa ao plebeu e ele responde: Um amor verdadeiro? E a princesa fala: Não, eles têm em comum caráter e caráter não se compra em loja, você já nasce com ele. No seu caso você conseguiu destruir um casamento de vinte e dois anos apenas com palavras negativas, saudosismo por um passado medíocre, leviandade e covardia, demonstrou uma falta de caráter desprezível e isto desde que você se recusou a construir nos meus terrenos com escritura, para construir em um local clandestino e sem documentação.
 Posteriormente também se recusou a construir em outro terreno com escritura dentro de um condomínio,porque estava em meu nome e você não teria direitos.Eu percebia,mas pensava que era orgulho ou insegurança devido sua auto estima tão baixa.Agora você tenta me atingir buscando alguém que eu citei em carta para fazer parte da sua vida se esquecendo de um detalhe muito importante: Quando escolhemos alguém para caminhar ao nosso lado temos que ter consciência de que esta pessoa estará fazendo parte também da vida dos seus filhos,da mãe dos seus filhos,netos,genro,nora e ninguém é obrigado aceitar sua escolha,sei que você finalmente escolheu alguém do seu nível,compatível com sua pequenez,mas incompatível com a família maravilhosa que um dia você fez parte.
Eu jamais faria você passar por um constrangimento desses por respeitar você como o pai dos meus filhos.Todos os homens que fizeram parte do meu passado reatariam um relacionamento comigo a qualquer momento,mas penso que quem gosta de passado é museu e quem olha pra trás tropeça e cai,prefiro seguir em frente e conhecer novas pessoas até encontrar sem pressa alguém capaz de oferecer um amor a minha altura.Quando saímos de um relacionamento onde existia amor precisamos de tempo para digerir a separação,se curar e estar preparada para começar novamente.Na doutrina que seguimos não existe divórcio e casamento é até que a morte os separe,o único motivo de  fazer nosso divorcio  ser aceito é o adultério e este você cometeu e mesmo que negue,tanto você como sua companheira de pecado mesmo se escondendo sob a mascara de membro da igreja  e com toda a ignorância e falta de conhecimento bíblico e doutrinário,porque se a fulana fosse realmente conhecedora da doutrina ela teria conversado com o ministério sobre você antes de abrir as pernas,ambos sabem o que aconteceu aqui mesmo nesta cama que estamos sentados,assim como eu e você sabemos até aonde vai sua hipocrisia.
Esta não é uma conversa de reconciliação, não existe esta possibilidade nesta vida, esta é uma conversa de conscientização para que você entenda de uma vez por todas que deve pagar pelo preço da sua escolha e parar de se fazer de vítima, você foi um hipócrita, dissimulado durante muitos anos, sua máscara caiu, enganar o ministério com sua kenga da zona norte não vai te fazer feliz, basta ver que você conseguiu destruir um casamento de vinte e dois anos com um saudosismo de um relacionamento pecaminoso de dois meses, imagine com as inesquecíveis lembranças dos vinte e dois melhores anos da tua vida.? Quando o plebeu percebeu que não haveria reconciliação ficou nervoso e grosseiro e perguntou a princesa se ela achava que poderia ser feliz com vinte e dois anos de lembranças inesquecíveis. Calmamente ela respondeu que tinha boas lembranças sim e gratidão pelo pai dos filhos dela, seu caráter não permitia que se envolvesse com alguém agora, tinha consciência de precisar de um tempo, talvez um longo tempo para encontrar alguém a altura da sua família, dos seus planos futuros, da sua carreira e que os filhos possam aceitar como alguém que os respeita e mereça ser respeitado, alguém digno de escrever uma nova história.....mas isso realmente é uma outra história....to be continued




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